As campanhas do governador eleito Camilo
Santana (PT) e do seu concorrente mais forte na eleição, Eunício Oliveira
(PMDB), gastaram juntas mais de R$ 100 milhões, de acordo com as prestações de
contas finais dos candidatos, entregues na última terça-feira ao Tribunal
Regional Eleitoral (TRE). A campanha de Camilo saiu do processo eleitoral com
dívida superior a R$ 11 milhões, a qual será assumida pelo PT estadual.
O candidato vencedor arrecadou R$ 39.921.772,68. A lista de
doadores da campanha petista inclui a construtora cearense Marquise (que
contribuiu com mais de R$ 3 milhões, divididos em doações a Camilo e ao PT
estadual) e a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, que enviou ao
petista em torno de R$ 337 mil, quantia doada originalmente pelo grupo
empresarial JBS, dono da marca Friboi.
As despesas de Camilo somaram R$ 51.060.437,44. A quantia, gasta
sobretudo em publicidade e transporte, ultrapassou as receitas da campanha em
pouco mais de R$ 11 milhões. O PT estadual tem até junho de 2018 (prazo dado
pela lei) para pagar a dívida.
As receitas de campanha de Eunício somaram R$ 49.277.410,12.
Entre as empresas doadoras está a construtora OAS, atualmente investigada pela
Operação Lava Jato, da Polícia Federal, junto com outras empreiteiras acusadas
de desvios de dinheiro da Petrobras. A OAS doou R$ 4 milhões à direção nacional
do PMDB, que os colocou na campanha de Eunício.
Segundo a prestação de contas final de Eunício, a maior parte
das doações para a sua campanha veio do comitê financeiro do PMDB e da direção
nacional do partido. Os doadores originais não são informados, com a exceção da
OAS.
O peemedebista recebeu também cerca de R$ 195 mil da campanha de
seu colega de chapa Tasso Jereissati (PSDB), senador eleito.
Fonte: O Povo
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