4 de abr. de 2002

CAMPANHA "NÃO FOI ACIDENTE"


INFELIZMENTE, ISSO É FATO

Nosso governo gasta R$ 8 bi/ano em uma guerra que enfrentamos diariamente no Brasil: as imprudências no trânsito. São cerca de 40 mil vítimas de acidentes de transporte por ano. Dessas, 40% são decorrentes do álcool na direção. É também a principal causa morte de crianças de 1 a 14 anos em nosso país.

Rafael Baltresca teve a mãe e a irmã mortas no dia 17/09/11, vítimas de um atropelamento por um carro em alta velocidade, em São Paulo. O atropelador, Marcos Alexandre Martins, se recusou a fazer o exame do bafômetro, mas fez exame de sangue. No B.O., testemunhas afirmam que Marcos estava completamente embriagado. Frente a esta situação e à realidade que o Brasil enfrenta, Rafael Baltresca criou o movimento Não Foi Acidente, com o objetivo de mudar as leis brasileiras que abrem tantas portas para a impunidade.
“O Homem é o único ser do planeta que mata sua própria espécie. Temos que dar um basta nisso. Tantas e tantas mortes acontecem por pessoas embriagadas que, na hora da alegria, da bebedeira, não entregam a chave do carro para um amigo, não voltam de taxi, não colocam a mão na consciência e pensam na consequência. Quando deixamos de lado a possibilidade do acidente, o acidente acabou de começar. Quando você bebe e dirige, o acidente já começou.” (Rafael Baltresca)


COMO FUNCIONA A LEI HOJE?

De acordo com os últimos casos, hoje, a pessoa que bebe, dirige e mata, é indiciada por homicídio culposo (sem intenção de matar). Neste caso, se o atropelador for réu primário, pode pegar de dois a quatro anos de prisão. A habilitação pode ser suspensa por um ano. Na prática, segundo a Constituição brasileira, até 4 anos de prisão a pena pode ser convertida em serviços para a comunidade. Em outras palavras, nada acontece para quem mata no trânsito brasileiro.

Vivemos uma farsa. A chamada Lei Seca de nada adianta, pois, não é possível provar se o motorista estava bêbado se não realizar o exame do bafômetro e/ou exame de sangue. E ele pode se negar a fazer estes exames.

O QUE QUEREMOS?

Mudar nossas leis de trânsito, as quais têm tantas brechas e são tão permissivas no Brasil.
O movimento Não Foi Acidente lutará sempre por mais educação de trânsito e campanhas de conscientização, porém, sabemos que se as leis continuarem tão fracas como estão, esta “guerra civil” em que vivemos não acabará tão cedo.

“São cerca de 40 mil vítimas de acidentes de transporte por ano. Dessas, 40% são decorrentes do álcool na direção.”

PONTOS IMPORTANTES EM NOSSO PROJETO DE LEI:
  • O exame de sangue (ou bafômetro) não seria mais necessário, pois, com a análise clínica de um médico legista ou de alguém que tenha fé pública já poderia ser aferido a embriaguez. Neste caso, o condutor poderia usar o bafômetro a seu favor, se interessado;
  • O crime de trânsito continuaria como homicídio culposo, porém, a pena seria aumentada caso fosse provada a embriaguez do motorista (de 5 a 9 anos de reclusão);
  • Mesmo que não houver homicídio a pena seria aumentada quando provado a embriaguez do condutor do veículo.
Veja o projeto de lei em detalhes aqui.
VOCÊ PODE FAZER PARTE!
1 - Comece agora mesmo assinando nossa petição.
2 - Avise amigos e parentes. Espalhe essa ideia!
Os blogs quando surgiram foi como diários publicados através da internet, isto é, espaços nos quais seus usuários poderiam expor opiniões, vivências, criações artísticas etc., de modo livre, espontâneo e gratuito. Com o tempo, ganharam maior destaque; muitos usuários aderiram, a internet se popularizou, a interface das plataformas foi se tornando mais rica... De tal forma que os blogs começaram a bater de frente com os sites (pagos) mantidos por empresas de notícias e demais grandes corporações midiáticas. Hoje em dia, os blogueiros se nos apresentam como uma força alternativa de veiculação de informações, onde pessoas comuns podem exercer o livre expressar-se.

Em nosso município e região é evidente a importância que os blogs conquistaram de pouco tempo para cá. Neles, podemos acessar – estando distantes ou próximos – as notícias locais. O que antes só sabíamos – e em muitos casos de modo deficiente – através das rádios, agora se pode ler na tela do computador.

Os blogs são feitos por pessoas, e pessoas não são neutras. Todos temos uma posição, seja política, religiosa ou qualquer outra. Só pode não ter posição o completo ignorante. Portando, não podemos cobrar de blogs uma neutralidade hipócrita. Na realidade, o importante é o que os blogs não sejam neutros, mas deixem claro suas posições.

O blogueiro, como escritor livre (amarrado nem às ortografias ou formalidades), é um comentador da realidade local. Mostra o que acontece e se posiciona perante o fato.

Vemos agora, com clima pré-eleitoral já esquentando, energizando as peripécias animalescas dos politiqueiros tantos, o crescente embate contra alguns blogueiros (os mais acessados) de Coreaú. A desculpa é de que os ditos cujos são da Oposição. Ora, se são ou não, o que de mal há nisso? É um direito ser da Oposição ou da Situação, ou de nenhuma delas. Parece que não se pode portar-se com tolerância, uma vez cegos pelo furor do entusiasmo tolo pelas forças políticas locais e pelas oportunidades de privilégios egoístas obtidos com os jogos politiqueiros.

Chama-me atenção que os blogs mais acessados do município sejam rotulados da Oposição. Dá-se a entender que a Situação não escreve (para estes veículos), ou não tenha visibilidade em seus escritos. Não ganhando nestas bandas, quer compensar as mágoas buscando descredibilizar e até mesmo perseguir os que vêm obtendo êxito de visualizações e que vez ou outra questionam as contradições dos gestores e legisladores municipais.

Este ano, temos este tempero a mais (os blogs) no enredo das cenas políticas coreauenses. Sem dúvida, um tempero picante!

Não creio que os companheiros blogueiros cederão perante as pressões. Muito pelo contrário, as pressões mostram que os blogs em Coreaú agora se apresentam como espaços legitimados de formação de opinião, que gera temor naqueles que o que menos querem é um povo informado e com condições de analisar criticamente um lado em comparação ao outro.

Só temo as baixarias vãs e desrespeitos mútuos que os interesses podem motivar...

Benedito G. R.